23 abril 2006

Utilização das cores e formas na linguagem visual – algumas palavras...


A iluminação cênica, embora seja apenas um dos elementos formadores do conjunto de uma obra, pode ser considerada arte visual. Isso faz com que tenhamos que pensar sua manifestação física e, portanto expressiva, em termos de “linguagem visual”.
Muitos artistas e teóricos da comunicação procuraram e procuram definir cores e formas como conceitos de linguagem, dessa mesma linguagem visual de que falei anteriormente. Vendo dessa forma, poderíamos pensar então que esses elementos visuais, se realmente conhecidos e bem aplicados, fariam parte de um imenso “alfabeto” que possibilitaria aos artistas a comunicação de idéias, sensações e sentimentos, de uma maneira mais racional, com mais entendimento.
Mas não devemos também esquecer que a comunicação só se dá de maneira legítima quando as partes emissoras e receptoras conhecem os códigos de determinada linguagem, ou seja, não adiantaria de nada o artista conhecer o código se seu público fosse “analfabeto”.
Quando somos crianças e vamos para escola, nossos pais e professores ficam muito satisfeitos e felizes quando conseguimos escrever e entender as primeiras palavras. Pronto! Estamos preparados para o mundo! Mas será que estamos mesmo?
Num mundo que utiliza a linguagem visual para informar e desinformar suas criaturas, as quais aprendem cerca de oitenta por cento de tudo o que sabem através do sentido da visão, nosso treinamento parece não ter sido muito completo. Alguém aí já ouviu um professor, um pai ou uma mãe falar sobre a agudeza de um triângulo e de como sua forma é mais ríspida e provocante do que um círculo ou uma esfera? E como esse mesmo triângulo quando preenchido de uma cor amarela brilhosa fica ainda mais provocante do que se fosse preenchido com um azul cálido?
Você mesmo já pensou sobre o assunto? Já percebeu porque a propaganda utiliza mais algumas cores e tons do que outras? E como essas cores e formas se modificam em relação ao produto que está sendo anunciado? Em relação ao público que quer atingir?
Pois é, somos na maioria, analfabetos visuais e, por não conhecermos esse alfabeto como deveríamos, passamos pela vida recebendo milhões de informações diariamente sem ao menos questionarmos a sua validade e suas escondidas intenções. Ficamos à mercê de nossos instintos, pois também aí as cores nos fazem vibrar. De uma maneira mais básica, mas mesmo assim, vibramos. Nessa vibração, sem entendimento da profundidade, perdemos as rédeas de nossa lógica, de nossa vontade.
Mas se não entendemos o alfabeto e, necessariamente para que a comunicação funcione, sempre será preciso que emissor e receptor falem a mesma “língua”, porque então nos preocuparmos com as informações veladas ou mal intencionadas do emitente, já que não entenderemos mesmo?
Porque a informação velada do emitente sempre se dará num nível abaixo da nossa capacidade de entendimento consciente. Assim sendo, o que funcionará será apenas o inconsciente. Legal não é mesmo? Viveremos sonhando e achando que a nossa realidade é só aquilo que achamos que é. Não entenderemos a profundidade do mundo, quanto mais a da arte!
Se somos então, quase todos analfabetos visuais, precisamos urgentemente mudar essa situação! A atualidade nos força a pensarmos seriamente no fato de que, se quase tudo o que aprendemos entra pelos nossos olhos, então precisamos saber filtrar o que aprendemos. Nada melhor então do que começarmos agora mesmo nossa viagem em busca desse conhecimento. Mas como poderemos fazer isso?
Ora, através da busca consciente dos significados das imagens do mundo! Não digo apenas as imagens da natureza, mas todas as imagens do mundo. Para e olhe! Não apenas olhe, veja! Esse é o sentido da apreciação da arte. O caminho é difícil porque estamos acostumados apenas a “olhar” e não damos conta que temos que também “ver”. E “ver” significa perdermos o nosso precioso tempo, porém, se não fizermos isso, não teremos condições de “apreciarmos” a vida, quanto mais a arte!
Os registros visuais, sejam quais forem, estão sempre ligados às formas, que por sua vez, são carregadas de conteúdo. Juntas, formam as composições, linguagem que utilizamos para comunicar nossas idéias, ideais e interesses.
Muita gente me escreve pedindo fórmulas para tratar a luz de determinado espetáculo, cena ou show. Isso mostra o desentendimento da linguagem, da sua complexidade.
Não existem fórmulas prontas para a composição de determinados efeitos e, portanto, para a criação de determinados sentimentos e emoções Todos os elementos das cenas estão interligados. Não existe vermelho para as cenas que queiram trazer imagens infernais ou de grande sensualidade. Assim como os azuis não foram feitos apenas para as noites de luar. Isso são fórmulas que às vezes funcionam, outras vezes não. O mais importante é “saber” que determinada cor ou forma da luz dentro do contexto maior irá fortalecer uma determinada expressão, ou não.
Mas como saber? Essa realmente é a grande busca dos artistas visuais. A própria busca não tem fim e a arte torna-se com isso um campo infinito de pesquisa e descoberta. O que devemos ter em mente é que não existem fórmulas prontas. Não existem atalhos. Dessa forma, o que importa é nosso inteiro comprometimento com esse universo dinâmico.
Sempre procuro despertar nas pessoas que querem trabalhar com iluminação o interesse pelas artes pictóricas. O estudo das obras dos grandes mestres da pintura pode facilitar nosso estudo e diretamente nossa relação e entendimento das cores e das formas, além é claro, de contribuir para o entendimento desses elementos quando dentro de um contexto maior, do conteúdo subjetivo dessas obras.
Devemos saber também que a arte da iluminação é muito mais complexa que a arte da pintura bidimensional, a dimensão tempo e a tridimensionalidade aumentam sobremaneira esses níveis de complexidade. E isso não é tudo! Num quadro pintado não escutamos os sons, não temos que nos preocupar com as nuances de representação, etc.
Para concluir, procuro também, na medida do possível, alertar os interessados pela iluminação, de que nosso trabalho não é nem apenas iluminar e nem apenas ser a estrela do show. Devemos ser solidários para não perdermos o melhor: o espetáculo!

Técnica e Estética - Opostos Complementares

As cortinas se abrem vagarosamente. O público estanca por uma pequena eternidade seus mais íntimos conflitos pessoais.
Agora não é possível pensar em si mesmo, nas pequenas coisas, nas futilidades do dia. Nasce como que por encanto uma outra realidade. E ela começa muda, surda, como se todo o universo conhecido oferecesse uma pausa. Uma luz de um azul tênue banha o quadro, essa pintura dinâmica que é o teatro.
A luz vem do infinito e cai como uma chuva calma sobre os atores em silêncio. É uma luz que banha suas costas e precipita seus rostos numa penumbra fria, cálida. Não há movimento, não há respiração, apenas vida e uma vida de infinita latência. Por alguns segundos tem-se a impressão de que basta isso para que a existência aconteça.

Lentamente um sol de amarelo e âmbar invade essa tela e expõe com delicada clareza algumas faces entristecidas pelo tempo e pelo sofrimento. Os trabalhadores caminham para seus afazeres e trazem consigo os barulhos, os suores, os pensamentos. Esse sol movimenta-se em um tempo diferente, em um tempo que pertence apenas ao imaginário, porém, sua força é extremamente real, tudo é real, tudo vibra em conjunto, tudo é feito e idealizado para tudo. Essa é a marcha constante da realidade que provoca em nós a sensação da continuidade do existir. E assim se passam as horas compactadas nesse tempo virtual. Os personagens desse drama, que é o drama de todos nós, tecem nesse clima seus afetos, suas relações, seus anseios...

Os cenários são invadidos pela cor quente e pelas sombras sinuosas; então, um grito, o sol desaparece num eclipse rápido e violento. Em seu lugar surge abruptamente outra tela, outro universo. Num canto, que poderia ser um canto qualquer; músicos tocam e casais dançam sob uma luz de fumaça. Homens bebem e mulheres gracejam. Outro tempo, outras coisas...

Os suores agora são os suores da alegria e da liberdade. Candeeiros acesos transformam a noite e a taberna num lugar festivo, barulhento. Os sons e os cheiros que também pertencem a essa luz refletem-se nos olhos da assistência que insinua um sorriso cúmplice. E assim, os momentos descortinam-se nesse outro mundo, um mundo à parte, feito de luz, feitos de cor, de intensidade, de sabor e de sensibilidade.

Além desses mundos, atrás das cortinas, por detrás das paredes, cenários e coxias, a razão trabalha misteriosa e silenciosamente para que a poesia viva.
A iluminação de palco seja ela qual for, não é apenas o acender das luzes, mas um intenso exercício de composição estética fundamentada no conhecimento artístico. Exercício esse que busca a dialética dos processos de criação e execução.

Ao falarmos sobre estética da luz estamos falando necessariamente sobre a estética pictórica. Isso se dá exatamente porque o olhar do público sobre a cena torna-o um olhar de dimensões abrangentes, onde os símbolos falam por si e compõe os demais sob sua influência, interativamente, da mesma maneira que ocorre na pintura. Nesse âmbito, a idealização da iluminação passa necessariamente pela sensibilidade artística do idealizador, pela capacidade de entender os nuances de significação desses símbolos no todo, que é o resultado final da obra. Esse conhecimento pode ser adquirido através do estudo da arte e de sua história e vai avançando paralelamente com o desenvolvimento do artista. É óbvio que alguns terão maiores facilidades do que outros no que diz respeito às questões de sensibilidade e expressão. Isso é bastante pessoal. Como qualquer artista, o designer de iluminação tem todo um caminho de maturação.

Mas o artista não pode viver só de pensamentos e emoções, só das criações do espírito. O artista necessita da expressão material de suas criações para que se torne artista atuante e sua obra influencie, se torne conhecida. Entram aí então as questões referentes aos conhecimentos técnicos . Em minha opinião esses conhecimentos são fundamentais para o desenvolvimento expressivo na área. Lembrando que estamos falando sobre expressão através da iluminação, temos que levar em consideração os desafios estruturais, ferramentais e processuais da atividade. No caso dos pintores esses desafios encontram-se nos suportes, pincéis, tintas, nos processos, em seu desempenho, enfim, nos materiais e condições através das quais o artista se expressa no mundo. No caso dos artistas da iluminação, esses desafios encontram-se nas estruturas físicas, elétricas, de equipamentos, de acessórios, etc. Desafios que também exigem desses profissionais, abertura, desenvoltura, adaptabilidade e constante reciclagem de informações, pois, as tecnologias desenvolvem-se rapidamente e diariamente novos produtos são lançados no mercado. Isso a meu ver é outro ponto importante. Embora não devamos cair nos modismos que as empresas tentam impor aos seus clientes a fim de aumentar seu faturamento, não podemos ficar desatualizados. Nem neuróticos e nem passivos, devemos estar prontos para conhecer novas soluções sem deixar que elas nos influenciem sobremaneira.

Gosto muito de chamar os equipamentos de iluminação de "pincéis". Na verdade o são, porém, sua diferenciação se dá exatamente quanto ao desenho e cor projetados pela matéria física aplicada. Essa "matéria" que é a luz tem comportamentos diferentes das tintas utilizadas pelos pintores, ou seja, dos pigmentos. No palco, as estruturas, cenários, figurinos, acessórios, elementos, atores e atrizes, suas maquiagens, etc, formam o suporte no qual essa outra "tinta" é aplicada por esses outros "pincéis". Quando nesses suportes são utilizadas pigmentações com variação do branco, a luz colorida tinge-os, como nos suportes da pintura, cujo acabamento será o da pigmentação sobre a tela. Quando esses suportes são pigmentados com variações cromáticas, ou seja, possuem coloração, a luz surge como produtora do processo de velatura . Aí é que entra o conhecimento e experiência do artista-iluminador. Misturas veladas produzem necessariamente terceiros cromatismos. Uma luz magenta sobre pigmentação amarelada resulta em variações de vermelho; luzes amarelas sobre pigmentação azul também resultarão em variações do vermelho, já uma luz vermelha sobre um fundo ciano, escurecerá sobre maneira o objeto, tendendo-o ao cinza escuro, e assim por diante. Isso se dá porque os sistemas aditivos e subtrativos interagem entre si formando padrões complementares.

Na iluminação, assim como também na pintura, os desenhos carregam sua cota de simbolismo, de signos, sinais. As formas projetadas pelos equipamentos nos palcos produzem sensações espaciais, temporais, entre outras, e essas sensações acabam transformando-se em sentimentos na platéia e no próprio palco. Banhos, gerais, focos, recortes, projeções, são algumas das formas pelas os quais os designers de iluminação se utilizam para provocar esses sentimentos, daí também a importância do conhecimento dessa complexa linguagem. Mas as luzes de palco possuem também outras propriedades que vão somando-se e formando esse universo sensível. Direção, intensidade, movimento , duração, compõem outra gama razoável de significação. Pretendo com isso destacar a expressão artística no trabalho dos designers de iluminação, ao mesmo tempo, enfatizando a importância que o conhecimento técnico tem para esses profissionais. Duas energias que se complementam, e que a meu ver, formam o que poderíamos chamar de profissional-artista completo e equilibrado.

Na maioria das vezes percebo que é através desse profissional-artista que as novidades técnicas têm os seus porquês e seus fundamentos. Na acentuada troca de informações entre técnica e estética originada nessa atividade, surgem novos produtos, e é interessante notar que com o surgimento desses novos produtos, paralelamente, surgem novas estéticas. É como se a modernidade reinventasse o passado em outros níveis. No simbolismo do Tai Chi Chuan, a luta eterna entre a serpente e a águia, a terra e o céu, o positivo e o negativo, produzem o movimento criativo. Velhas estórias, moderníssimas versões. Discussões sobre a importância técnica em oposição à estética provocam necessariamente novas criações advindas da luta entre esses opostos também eternamente complementares.

Impactos na estética da luz


Com o advento da iluminação elétrica no final do séc XIX, todo um conceito de cidade, trabalho, educação, enfim, da vida nas grandes cidades estava alterado. A iluminação elétrica propiciou um maior aproveitamento do tempo e um melhor aproveitamento da vida. Onde havia trevas, agora havia luz e luz de "qualidade", pois, a luz elétrica propiciou pela primeira vez ao ser humano o dia artificial.
Na arte o impacto foi grandioso. Artistas agora podiam pintar à noite e isso passou a ser especialmente interessante. A vida dos cabarés e teatros ganhava mais emoção.Nos teatros principalmente, em pouco tempo, mudanças na tecnologia já haviam mudado estéticas. Já com a iluminação a gás, o telão, que compunha os cenários de fundo dos teatros, perdera sua graça. Com a iluminação frontal e de contra luz havia dimensão do ator e foi preciso então dar dimensão verdadeira aos cenários. Essa é apenas uma das muitas mudanças que ocorreram em função do aparecimento de novas tecnologias.
Mas não é só isso. Podemos também perceber mudanças estéticas no teatro também em relação a estados de tensão social, como no caso do Brasil das décadas de 60 e 70. Autores, diretores e grupos com visões políticas contestadoras passaram a cultivar uma estética com caráter mais "pobre". A utilização de espaços alternativos para suas apresentações fazia parte do movimento contestatório. As grandes companhias continuaram a existir e foi dentro delas que profissionais da "velha guarda" mantiveram, e alguns ainda mantêm, velhas fórmulas de construção estética. Enquanto isso, a geração de contestadores criava seus próprios signos. Na maioria das vezes, dispondo de poucos recursos tecnológicos para seus efeitos, esses profissionais compunham estéticas próprias, mais preocupadas com o discurso do que com a plástica. Depois de passada a turbulência desses anos, muitos desses profissionais ganharam o respeito do grande público. Fizeram escola e seus discípulos carregam até hoje a influência recebida de seus mestres. Espetáculos "pobres" hoje são vistos em grandes teatros que contém estruturas bem maiores do que esses profissionais dispunham na época.
Na virada dos anos 80 e 90, com o aparecimento de tecnologias digitais e com a abertura política, novamente surgem no cenário teatral propostas estéticas que premiam um pouco mais a plástica cênica, porém, agora a televisão era o ponto de referência.
Enfim o que percebemos nitidamente é que as estéticas vão sendo construídas sob a capa de influências complexas. Tecnologias, pressões sociais, modismos da televisão, etc, são fatores que nos fazem refletir a jornada da estética da iluminação e, por conseguinte, da plástica teatral no Brasil.

O Universo da Luz


"Bem, agora que o espetáculo está pronto, podemos chamar o iluminador".

"Como assim, que tipo de clima eu quero criar? Só quero que os atores não fiquem no escuro!".

"Coloca um foco vermelho aí por que é cena de amor!".

"Quero nesse momento uma geral azul, pois a cena acontece à noite!".

"Por que eu quero um corredor diagonal? Achei bonito num espetáculo que eu vi em São Paulo e...".

Quantas e quantas vezes ouço as mesmas frases de diretores, atores e profissionais de teatro no Brasil. Gente famosa e gente que está começando. São muito poucos os que realmente conhecem a luz e suas possibilidades em cena. Com isso, os problemas estéticos e técnicos vêem à tona. Grandes e caríssimos cenários e figurinos que mudam de cores e funções como que por encanto, sob uma iluminação mal acabada. Equipamentos e filtros que são adquiridos sem conhecimento técnico e que acabam sem utilização, ou que não cumprem a função imaginada. Tempo, dinheiro e beleza que escoa pelo ralo, trazendo conseqüências desastrosas para produtores, autores, diretores, enfim, para todos, principalmente para o grande público.
Muitas vezes também os profissionais da luz são procurados no momento da criação da luz, porém já é tarde demais, cenários, figurinos e adereços já foram construídos, comprados, executados. Nesses casos, só resta mesmo aos desenhistas de iluminação tentar salvar o barco, perdendo-se assim, as possibilidades maiores da iluminação.
Há casos ainda em que diretores e produtores, sem conhecimento de custos de equipamentos e operações, "viajam" na iluminação até demais, esquecendo-se que por de trás da magia existem custos que poderiam ser minimizados com uma utilização mais sóbria dos recursos disponíveis, sem perda é claro, da qualidade estética.
Tenho tido também oportunidade de ver muita coisa boa em termos de iluminação no Brasil. Profissionais competentes, que com equipamentos que se consegue na esquina, criam verdadeiras obras de arte. Gente que conhece muito de história da arte - conhecimento importantíssimo para quem "pinta com a luz" - e que conhece muito também os aspectos técnicos da atividade. Gente de talento, que sabe captar o "invisível" do momento e transformar em linguagem plástica.
O campo da iluminação é hoje o que podemos chamar de "Um Imenso e Vasto Campo". Na arquitetura, paisagismo, televisão, dança, música, teatro, residências, fábricas, restaurantes, bares, hospitais, escolas, etc, a preocupação com a iluminação só tem aumentado. Não basta mais acender a luzinha. É preciso enriquecer o ambiente, trazer o indivíduo para "dentro" do ambiente. Criar o clima, acender a chama da emoção de achar-se vivo. Compartilhar estéticas, alterar valores, decompor o sólido em maneiras de olhar diferentes. A luz propicia tudo isso e muito mais quando bem entendida, elaborada e direcionada. O aproveitamento correto dessa fonte de beleza e encantamento necessita ser investigado, entendido e utilizado para que a vida seja mais luminosa e feliz.